Rogério José de Moura e Dias

Rogério José de Moura e Dias é um artista multifacetado, nasceu em Jacarezinho, na mesma época em que Eugênio Sigaud estava criando seus murais na Catedral da cidade. Foi um artista atuando como pintor, desenhista, gravador, escultor, designer gráfico, cartunista, ator, decorador, ilustrador, cenógrafo e publicitário.

Ele pertence à geração pós-guerra, um período em que as ideias se transformavam em ações, palavras e imagens. Como artista revolucionário e irreverente, Rogério escolheu os pássaros como meio para dialogar com a realidade.

Ele é um autodidata que desde a infância teve a oportunidade de conviver com o renomado artista Sigaud (1899 – 1979) durante a pintura dos painéis da catedral de Jacarezinho. Em 1965, participou de uma oficina de gravura orientada por Calderari (1939) e teve uma de suas primeiras gravuras selecionadas para o Salão de Arte Cidade de Curitiba no ano seguinte. Em 1966, ele expandiu suas habilidades para o design gráfico, fotografia e stands.

A partir de 1970, Rogério José de Moura e Dias deu seus primeiros passos nas artes cênicas, atuando como ator e cenógrafo no grupo teatral XPTO, em peças dirigidas por Manoel Carlos Karan. Além disso, ele também participou como ator no filme “O Diabo tem Mil Chifres”, dirigido por Penna Filho. Em 1977, realizou sua primeira exposição individual na galeria do Centro Cultural Brasil Estados Unidos – CCBEU, em Curitiba.

Entre 1975 e 1979, Rogério trabalhou como diretor de arte na revista Passarola, da Varig. Nos anos 1980, ele atuou como ilustrador em importantes publicações, incluindo o Correio Brasiliense (1983) e o Correio de Notícias (1984 e 1985). Em 1996, ele foi responsável pela criação de um impressionante painel de azulejos com 50 metros de comprimento, encomendado pela prefeitura de Curitiba, como uma homenagem ao Rio Iguaçu. Este painel foi instalado na praça adjacente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico da cidade.